²⁶ "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis." Romanos 8.
Ora, a constatação de que não sabemos nem orar seria alarmante, se o texto encerrasse nessa afirmativa. Mas...
Sim, há uma ressalva que nos salva. O Espírito nos assiste nessa (e em todas as outras) fraqueza.
Oração é essencial. Aliás, nossa vida com Deus começa pela primeira oração. E nela o próprio Espírito já atua para que entendamos o ponto de partida.
¹³ "Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais." 1 Coríntios 2.
Neste trecho acima compreende-se como o Espírito nos assiste no que falamos, em nome de Deus, e como pode ser entendido isso que falamos, a qualquer um que falarmos, como um dia falaram conosco.
Confere-se para ser dito e para ser compreendido. Foi assim que o evangelho chegou a nós e é assim que o anunciamos. E quem preside é o Espírito Santo. Por isso o evangelho, porta de entrada na relação com Deus, pode ser compreendido.
E feita a primeira oração, aquela de nossa conversão. Desde antes dela e nela o Espírito nos assiste em nossas fraquezas. Oh, quanta paciência conosco dessa terceira Pessoa da Trindade.
Tudo o que, desde a eternidade, Deus preordenou, e quando desde o ponto de partida cósmico do Gênesis disse "Haja luz", todos esses projetos de Deus, incluindo o ponto máximo da dádiva, em amor, do Filho dependem dessa ação final do Espírito.
É Ele que aplica a nós todas as bênçãos, a graça de Deus e todo o efeito do amor. Nem orar sabemos como convém. Mas também, ou seja, aprender a orar como convém, está incluído nessa específica assistência.
E o texto ainda acrescenta que o Espírito, nessa santa agonia e urgente amor em nos suprir, é com gemidos inexprimíveis que o faz. Caramba, a Trindade, entre si, nem de linguagem (para sermos exagerados) precisa.
A comunicação das três Pessoas é instantânea, assim deduzimos. Então, ora, que "gemidos inexprimíveis" são esses? Mas talvez seja mesmo essa a palavra-chave. Inexprimível.
Porque não vamos compreender como o Espírito se comunica. Não vamos medir o alcance de Sua influência e toda essa urgência em nos suprir. Assim como a intensidade do amor que tem por nós e que derrama, de sobrar e esperdiçar em nosso coração.
⁵ "Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado." Romanos 5.
Isso mesmo. Talvez, em função da natureza da ação do Espírito, sempre tão presente e imediata, um Executivo da fé, nem tenha constado, em algum recôndito das Escrituras, uma afirmação de que Ele também nos ama.
Pelo tamanho de Sua preocupação (e mesmo Sua ocupação), em até no contexto da oração, que é o oxigênio e o bê-a-bá da fé, ele interferir. É um agente tão diligente, em Sua competência, que talvez nem espaço ou tempo dispõe para formular frases em Sua função de intercessor.
O Espírito geme por nós inexprimivelmente. É um retificador e ratificador de nossa fé, que em todo o tempo nos assiste e ensina pela Sua cartilha, que são as Escrituras.
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