terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Lendo Lucas em dezembro (sem tropeços)

²² Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos veem,os coxos andam, os leprosos s"ão purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres,anuncia-se-lhes o evangelho. ²³ E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço." Lucas 7.

   Há quem, segundo fica bem evidente, tem compromisso com a incredulidade. O ruim disso é que o autor de Hebreus denucia que nunca ocorre isolada a falta de fé. Vem associada a um coração perverso:

¹² "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo". Hebreus 3.

  Sim, a incredulidade nunca vem impune e nunca está sozinha: sempre associado a ela um coração perverso. É sintomático. Embora Lucas, reiteradamente, afirme que a ênfase de Jesus não são os milagres, mas sim a pregação da palavra, quando João Batista pediu confirmação, Jesus apontou os milagres.

   Porque esse método, segundo nos lembrou Pedro, no primeiro sermão pregado após a ressurreição de Jesus, naquele Pentecoste, indica que milagres, realizados por Deus,  por meio de Jesus, autenticam-no como Filho:

²² "Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis". ²³ sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; ²⁴ ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela." At 2.

 Deus não é capenga. Triste esse compromisso estúpido com este século, de que Deus é incapaz de milagres: porque, como dizem, são ilógicos e contrariam a ciência. Paulo recomenda, aos Romanos, que não haja esse tipo de alinhamento com a burrice humana:

² "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Rm 12.

  Mas seguem, ao que chamam lógica, negando a Jesus essa capacidade de realizar, segundo o mandado que recebeu do Pai, milagres, prodígios e sinais.  De novo, Paulo a Timóteo expõe o diagnóstico deles, em relação ao que concebem sobre Deus:

⁵ "... tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder." 2 Timóteo 3.

  Bem, segundo o próprio Jesus expõe,  em seu diagnóstico, são mal aventurados, ou seja, o contrário da bem-aventurança, porque tropeçam em sua própria (des)aventura de descrer da possibilidade de Jesus realizar milagres.

  Para esses tais, o sinal indicado por Jesus, que atendeu à solicitação de confirmação, da parte de João Batista, não terá valor. Três possibilidades:

1. Falso o Jesus que alega ter esse poder; 2. Errante a possibilidade de Deus autorizar o Filho por meio de milagres, prodígios e sinais; 3. Burlesco o texto do Evangelho de Lucas, visando valorizar milagres, dados como certificação.

   Ficamos com a palavra final de Jesus, atestando-a autêntica, pela pena de Lucas: "E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço." E sigamos lendo Lucas, passo a passo (sem tropeços).

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