quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Lendo Levitico - Texto longo, mas merecido: tem mulher como tema - 4

      A discussão dos papéis da mulher, do modo como a Bíblia os define, coloca-a no mesmo nível do homem.

     Embora, principalmente, no mundo moderno essas discussões estejam afetadas por reivindicações, muitas vezes, desfocadas, não podemos permitir que nosso entendimento bíblico seja afetado.

    Do princípio para o fim, por assim dizer, Gênesis 1,26-27 indica, para homem e mulher, o mesmo status de semelhança com Deus: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou", Gn 1:27.

    O entendimento viciado deste texto já confere, de modo distorcido, ao homem, um status que não é seu. Não existe uma hierarquia de degraus, onde Deus está acima, o homem vem em segundo lugar e a mulher em terceiro.

   Deus está acima, enquanto homem e mulher se equivalem em submissão a Ele. Outro texto também mal interpretado, e que afeta o grau de relação entre homem e mulher, é o que a Bíblia expressa como consequência do pecado.

   Ora, se é consequência do pecado, por si adquire uma feição distorcida daquela que, inicialmente, foi plano de Deus. Essa outra distorção decorre do entendimento do texto: 

   "E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará", Gn 3:16.

   Portanto, a Bíblia não está afirmando que "o desejo da mulher está totalmente submetido ao do marido". O que a Bíblia afirma aqui é que "ter o desejo numa luta constante de uma submissão total ao marido" é resultado da afetação que o pecado promove nessa mesma relação.

     Mesmo porque outro texto, em Gn 2,18, que denomina a mulher de "auxiliadora idônea", não significa dizer que, por ser "auxiliadora", está numa condição menor e abaixo da posição do homem:

    "Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea". Se fosse assim, o texto a seguir não poderia ser expresso como se fossem um só: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne", Gn 2:24.

    Impossível ser um só se houver subserviência. Portanto, tanto nesse trecho em que a mulher é mencionada como "auxiliadora", quanto no outro texto, desta vez no Novo Testamento, em que se afirma ser ela "submissa" ao marido, não existe, na perspectiva bíblica, diminuição ou posicionamento abaixo daquele indicado para o homem.

    Trata-se de papéis distintos para um e para outro. Outro texto indica, de modo bem explícito e claro, não haver, para Deus, distinção de importância ou hierarquias entre um, o homem, e outra, a mulher: "Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus", Gálatas 3:28.

     Ser um em Cristo não implica hierarquia, a não ser de todos, do "andar de baixo", em relação a Ele, porém todos em igual grau de importância. O nome disto é igreja.

   É um erro incorrer no mesmo erro de época, no qual estava contida a cultura do tempo bíblico que, em alguns reflexos, demonstrava preconceito contra a condição de ser mulher.

    Há na Bíblia dois eixos: um deles refletido nesse preconceito, e o outro eixo o do resgate da condição de mulher que a própria Bíblia indica. Por exemplo, o primoroso texto de Provérbios 31,10-31, em que a mulher ali descrita faz mais e melhor do que muitos homens, e ainda é elogiada por eles.

     "Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra", Pv 31:23. "Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas" Pv 31:29. O reconhecimento de tudo o que ela faz é multivalente.

    Não confundir preconceito contra a condição de ser mulher com a concessão de dons que, na Bíblia, em nenhum momento é subdividido por condição sexual. Não há dons do Espírito exclusivos para homens ou exclusivos para mulher.

    A divisão geral em categoria dupla, feita por Pedro, em sua 1 carta, dons de serviço e dons da palavra não se aplica dons de serviço para as mulheres e dons de palavra para os homens.

    Hulda não era menos do que Jeremais porque era mulher. Débora não foi menos do que Samuel, como dois juízes, porque a outra aqui foi mulher. Ester não foi mais do que Rute, diante de Deus, porque uma foi rainha da Pérsia e a outra uma retirante moabita pobre.

    Não diminuir os dons em sua importância. Não diminuir nem a mulher e nem o homem em sua importância. Aliás, diante de Débora, foi Baraque que fraquejou na fé:

    "Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o Senhor entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes" Juízes 4:8,9.

    Quanta coisa e como é relevante o livro de Levítico quando aborda questões tão atuais, como o valor da mulher equidistante ao do homem, diante de Deus, nunca menor e não subserviente a ele. Minha costela que falta(va).

    Vamos aprender a dar å mulher o valor que a Bíblia lhe condiz. E proclamar isso ao mundo. E vivenciar como igreja. Ah, sim: em Lv 12 a mulher ter resguardo de 30 dias para menino e 60 para menina, puro preconceito em relação à condição de mulher.

   A lei atual confere 120 dias para qualquer parto. Sábia decisão dela. E quanto a nós, vamos ficar fora do eixo desse preconceito. E ler a Bíblia quando resgata para a mulher o grau e o lugar que, desde a  criação, sempre lhe pertenceu. Discussão dos papéis da mulher, do modo como a Bíblia os define, coloca-a no mesmo nível do homem.

     Embora, principalmente, no mundo moderno essas discussões estejam afetadas por reivindicações, muitas vezes, desfocadas, não podemos permitir que nosso entendimento bíblico seja afetado.

    Do princípio para o fim, por assim dizer, Gênesis 1,26-27 indica, para homem e mulher, o mesmo status de semelhança com Deus: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" Gn 1:27.

    O entendimento viciado deste texto já confere, de modo distorcido, ao homem, um status que não é seu. Não existe uma hierarquia de degraus, onde Deus está acima, o homem vem em segundo lugar e a mulher em terceiro.

   Deus está acima, enquanto homem e mulher se equivalem em submissão a Ele. Outro texto também mal interpretado, e que afeta o grau de relação entre homem e mulher, é o que a Bíblia expressa como consequência do pecado.

   Ora, se é consequência do pecado, por si alqueire uma feição distorcida daquela que, inicialmente, foi plano de Deus. Essa outea distorção decorre do entendimento do texto: 

   "E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará", Gn 3:16.

   Portanto, a Bíblia não está afirmando que "o desejo da mulher está totalmente submetido ao do marido". O que a Bíblia afirma aqui é que "ter o desejo numa luta constante de uma submissão total ao marido" é resultado da afetação que o pecado promove nessa mesma relação.

     Mesmo porque outro texto, em Gn 2,18, que denomina a mulher de "auxiliadora idônea", não significa dizer que, por ser "auxiliadora", está numa condição menor e abaixo da posição do homem:

    "Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea". Se fosse assim, o texto a seguir não poderia ser expresso como se fossem um só: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne", Gn 2:24.

    Impossível ser um só se houver subserviência. Portanto, tanto nesse trecho em que a mulher é mencionada como "auxiliadora", quanto no outro texto, desta vez no Novo Testamento, em que se afirma ser ela "submissa" ao marido, não existe, na perspectiva bíblica, diminuição ou posicionamento abaixo daquele indicado para o homem.

    Trata-se de papéis distintos para um e para outro. Outro texto indica, de modo bem explícito e claro, não haver, para Deus, distinção de importância ou hierarquias entre um, o homem, e outra, a mulher: "Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus", Gálatas 3:28.

     Ser um em Cristo não implica hierarquia, a não ser de todos, do "andar de baixo", em relação a Ele, porém todos em igual grau de importância. O nome disto é igreja.

   É um erro incorrer no mesmo erro de época, no qual estava contida a cultura do tempo bíblico que, em alguns reflexos, demonstrava preconceito contra a condição de ser mulher.

    Há na Bíblia dois eixos: um deles refletido nesse preconceito, e o outro eixo o do resgate da condição de mulher que a própria Bíblia indica. Por exemplo, o primoroso texto de Provérbios 31,10-31, em que a mulher ali descrita faz mais e melhor do que muitos homens, e ainda é elogiada por eles.

     "Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra", Pv 31:23. "Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas" Pv 31:29. O reconhecimento de tudo o que ela faz é multivalente.

    Não confundir preconceito contra a condição de ser mulher com a concessão de dons que, na Bíblia, em nenhum momento é subdividido por condição sexual. Não há dona do Espírito exclusivos para homens ou exclusivos para mulher.

    A divisão geral em categoria dupla, feita por Pedro, em sua 1 carta, dons de serviço e dons da palavra não se aplica dons de serviço para as mulheres e dons de palavra para os homens.

    Hulda não era menos do que Jeremais porque era mulher. Débora não foi menos do que Samuel, como dois juízes, porque a outra aqui foi mulher. Ester não foi mais do que Rute, diante de Deus, porque uma foi rainha da Pérsia e a outra uma retirante moabita pobre.

    Não diminuir os dons em sua importância. Não diminuir nem a mulher e nem o homem em sua importância. Aliás, diante de Débora, foi Baruque que fraquejou na fé:

    "Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o Senhor entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes" Juízes 4:8,9.

    Quanta coisa e cono é atual o livro de Levítico quando aborda questões tão atuais, como o valor da mulher equidistante ao do homem, diante de Deus, nunca menor e não subserviente a ele. Minha costela que falta(va).

    Vamos aprender a dar å mulher o valor que a Bíblia lhe condiz. E proclamar isso ao mundo. E vivenciar como igreja. Ah, sim: em Lv 12 a mulher ter resguardo de 30 dias para menino e 60 para menina, puro preconceito em relação a condição de mulher.

   A lei atual confere 120 dias para qualquer parto. Sábia decisão dela. E quanto a nós, vamos ficar fora do eixo desse preconceito. E ler a Bíblia quando atentos ao resgate para a mulher do grau e do lugar que, desde a  criação, sempre lhe pertenceu.

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