sábado, 6 de janeiro de 2024

Estudos em Efésios 1 - Declaração de amor

     ³ "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, ⁴ assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor ⁵ nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade" Efésios 1:3-5.

    Efésios se inscreve, com Gênesis e o Evangelho de João, entre os livros que marcam, no início, na época da criação, seu ponto de partida.

   Gênesis, como o início de tudo, em João, no início era o Verbo e, nesta carta aos Efésios, no início é o amor. Deus nos ama desde antes da fundação do mundo.

    Quase é possível dizer que Moisés, no Gênesis, descreveu o início de tudo o que se vê. Já o apóstolo João, foi mais na origem, porque afirmou que "No início era o verbo". Mas Paulo recua ainda mais, quando afirma "amor antes da fundação do mundo".

     Este Salmo inicial de Paulo, no capítulo 1 da carta aos Efésios, apresenta uma declaração de amor de Deus a nós. Sim, declaração de amor, no nosso caso, pode ser um termo vulgar.

    Mas amor nos é concedido, pela graça de Deus, por isso dele, desse amor, temos, sim, que falar, evidentemente que com propriedade do respaldo biblico. Porém, principalmente, praticar. 

   Amor, costumeiramente confundido como "dom de Deus", na verdade é um mandamento. Porque dom, termo técnico bíblico, é distribuído a uns e outros, cada qual deles diferentes entre si, alguém recebendo ou não um deles, para outrem receber outro.

    Jesus dizendo: ¹² "O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei." João 15. Portanto, o amor é mandamento a todos. Substitui todos os outros. Desde a revelação, no Antigo Testamento, aparece como mandamento supremo:

   ⁴ "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. ⁵ Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força."  Deuteronômio 6:4,5. 

   E já no Novo Testamento, foi confirmado por Jesus nesse mesmo nível:

   ³⁷ "Respondeu Jesus: " 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'. ³⁸ Este é o primeiro e maior mandamento. ³⁹ E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'. ⁴⁰ Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas". Mateus 22.

   João escreveu "Deus é amor". Pois, com uma afirmação dessas, ou foi exagero do apóstolo, porque, caso seja verdadeiro, e não retórico, só existe um tipo de amor.

   E há somente uma fonte para o amor. Sendo nós, por essa declaração de amor, alvo dele, evidente que é necessário entender, nutrir e aprender a praticar com o próprio Deus.

   Amar como Deus ama. E a prova maior desse amor constitui-se na dádiva de Jesus Cristo. Outro apóstolo, Paulo, vai afirmar:

   "Deus prova o seu próprio amor para conoco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores".

   Três coisas, basicamente, o versículo acima afirma: (1) Não precisava, tratando-se de Deus, mas ele prova; (2) Há um fato único e inédito, creia-se ou não, a morte de Cristo na cruz é a prova; (3) Amor (e morte na cruz) por pecadores: neste caso, Deus não é seletivo, ama a todos, que são cada um e todos nós, pecadores.

   Para logo depois, na mesma carta aos Romanos, dizer que esse amor "é derramado em nossos corações no e pelo Espírito que nos é dado". Deus nos ama de derramar amor.

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