domingo, 7 de janeiro de 2024

Estudos em Efésios 7 - O que Paulo ainda fala do amor

 Paulo Apóstolo após descrever, com todos esses detalhes, no final do cap. 2, a obra de Cristo, que nos retira da clandestinidade e nos torna família de Deus, vai compatilhar conosco o modo como se achou pronto para desenvolver seu ministério, na dimensão exata de sua vocação.

  Descreve, no início do capítulo 3, como, por meio de uma revelação, Deus lhe mostrou que judeus e gentios, em Cristo, são herdeiros da mesma herança: 

   ⁵ "Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus, ⁶ significando que, mediante o evangelho, os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus." Ef 3

    Após compatilhar, como ele mesmo chama, esse "mistério de Cristo", Paulo se põe de joelhos. Esta será sua segunda oração na carta, ou menção de que a faz. E demarca a parte doutrinária da epístola com a parte prática, rica em exortações.

   Nesta oração, Paulo vai expressar o que, com relação à igreja, deve-se esperar que Deus conceda, assim como a reposta correspondente do crente. Nela aparecem a Trindade no trato com o cristão, e sua etapa de gradação até o alvo específico. E esse alvo é o amor. E esta é a nossa resposta à declaração de amor de Deus.

    "Por essa causa me ponho de joelho diante do Pai". Há uma razão por que orar. Diante do Único a quem orar. Agora, estamos diante da expectativa de qual será o conteúdo dessa oração. Então, Paulo destaca a identidade do Nome, em sua dignidade, e a mesma dignidade que atribui à comunidade: 

   ¹⁴ "Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, ¹⁵ do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra." Ef 3.

    O que vai formulado a seguir é a síntese de como se configura a comunhão da igreja com o Pai dessa família. São autênticos filhos gerados por Deus. Por isso, tomam a si o Seu nome, e Ele toma a Si o nome dela. Jesus, em sua oração final, na Santa Ceia da última Páscoa, roga ao Pai:

   ²² "Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: ²³ eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste." João 17.

   Pois nesta oração, Paulo indica de que modo a Trindade torna isso possível. O Pai concede, pela riqueza de Sua graça, sermos fortalecidos com poder pelo Espírito Santo presente em nosso ser. Mas não é uma vaga presença.

   Porque essa presença significa Cristo habitando em nós, plena concessão da fé, pela qual somos arraigados e alicerçados em amor. E isso nos permite, e mais uma vez Paulo menciona,  como havia feito na 1ª oração, compreender. E o que compreender? Que dimensões estão em jogo?

   São as medidas de Deus, infinitas, ilimitadas, ao mesmo tempo que reais, aqui aplicadas e que se projetam para a eternidade. Quadrimensionais, envolvem comprimento, largura, altura e profundidade.

   Paulo então define o alvo: "conhecer o amor de Cristo". Dizer que "excede todo o entendimento", combina com as medidas expressas. E "ser tomado de toda a plenitude de Deus" é a simples medida para a igreja, agora e pela eternidade afora.

   E na conclusão da oração, uma curta doxologia, enaltecida está a Pessoa de Deus, destacando-O como quem, segundo seu poder que opera em nós, faz ainda mais do que pedimos ou pensamos. Seja, então, por isso e por ainda mais, a Ele a glória na igreja, ao longo de todas as gerações.

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